segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tendência Pra matar

Bom, eu tenho refletido ultimamente, muito por sinal. Agora... Sobre o que? Isso que é o estranho, porque não é muito normal eu ficar pensando sobre esse tipo de coisa, mas como ultimamente (na verdade desde a 5ª serie) tenho convivido com isso, acaba se tornando inevitável. A droga da TPM. Não que eu sofra desse mal, até porque chega a ser biologicamente impossível (graças a meu bom Deus). No entanto, como eu já citei anteriormente, convivo com isso 24 horas por dia, seja no colégio, com minha mãe, “na rua, na chuva ou na fazenda, ou numa casinha de sapê!”. Acabei virando um expert no assunto.

Esta detestável tensão, companheira feminina que vem visitá-las mensalmente, em minha opinião, é contagioso, acarreta problemas psicológicos e pode ser crônico. Mas como diria o Jack - o estripador, “Vamos por partes”.

Porque é contagioso? Pense comigo. Você está em sua carteira no colégio, no seu lado esquerdo tem uma garota reclamando de absolutamente tudo: Pela poeira que pousou na carteira dela, da ponta do lápis dela que quebrou, da ponta dupla em sua franja, ou da cor amarelada do cadarço da pessoa da frente que a incomoda. E ao seu lado direito, outro ser do sexo feminino, chorando por absolutamente tudo: Pela poeira que pousou em sua carteira, da ponta do lápis dela que quebrou, da ponta dupla em sua franja, ou da cor amarelada do cadarço da pessoa da frente que a incomoda... E a trás de você, outra garota, se achando a rainha da cocada preta, discutindo com Deus e o mundo (inclusive você) sobre qualquer besteira. Conseqüentemente, você ficará estressado ao cubo, porque foi contagiado pelo mal da TPM, que chega a tal ponto, de você está tão estressado, que se alguém lhe vier perguntar: ta na TPM é? você responderá: TÔ!

Agora, quais problemas psicológicos o perseguidor feminino pode te trazer? O famoso “TB” (transtorno bipolar!). Um grande exemplo disso, é minha amiga, vamos chamá-la de Marcia ok? Então, Márcia estava na praça comigo e mais um pessoal, então, eu gentilmente falo:

- Marcia, sua calça ta com uma mancha. - Ela simplesmente olha pra mim, um olhar tão amedrontador quanto o que um nazista pode lançar sobre um judeu. Pula no meu pescoço e me agride verbalmente e fisicamente. Dois minutos após o acontecido, ela está conversando com uma amiga sobre a festa que vai haver, assim, normalmente como se nada tivesse acontecido. Após cinco minutos de conversa, ela sai correndo do nada, senta num banco da praça, e começa a chorar, falando que as cólicas estavam matando ela. E num passe de mágica, ela vai pra festa, alegando não estar sentindo mais absolutamente nada. De duas uma, ou ela tem transtorno bipolar, ou é uma mutante que consegue controlar dores, ou... É, ela está com TPM.

Crônico? Pode não ser, mas deixar as mulheres com resquícios, com certeza deixa. Temos como grande exemplo a coordenadora e a diretora da escola que eu freqüento (não que elas ainda possam ter um ciclo menstrual, isso seria impossível), pois elas acabam ficando loucas, e enlouquecendo os alunos. A coordenadora no fim do ano passado estava absurdamente estressada (ao contrario da diretora, que é estressada em estado permanente) e acabava descontando isso nos alunos. A gente tinha feito um projeto inteiro para a feira da cultura, com a ajuda dela e tudo mais. Praticamente na véspera, ela manda a gente cancelar o projeto e fazer outro, assim, do nada! Quando a gente tava montando o outro projeto, ela fala que não precisamos mais, que podemos ficar com o anterior. De duas uma (ou as duas), ou ela é mal comida, ou ainda tem resquícios da TPM. No caso da diretora, bom... Acho que o que sobrou da TMP dela foi algum problema psicológico, que não é o “TB” e sim a “esquizofrenia” porque ela ouve vozes de pais reclamando dos alunos. PAIS QUE NÃO EXISTEM! Além do mais, ela ainda tem o estresse interminável desse maldito acontecimento biológico. Ela xinga os alunos, e ameaça pendurá-los de cabeça para baixo como um lustre (eu nesse caso, só por eu ter feito uma pergunta a ela enquanto ela explicava algo).

Então, meninas, quando estiverem em sua fase “mato quem quero, pago a pena se quiser” procurem remedinhos para dores e para estresse. Nós, homens, iremos agradecer.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

romantismo piegas dos dias de hoje

Carnaval acabado, nós continuamos aqui e agora que começou tudo, afinal, todo brasileiro que se preze sabe que o ano só começa mesmo depois do carnaval. Mas não vamos comentar sobre os desfiles faraônicos na Marquês de sapucaí, nem dos rios de xixi nas ruas do Rio de Janeiro, nem dos blocos onde homens que outrora mostravam-se machos e cheios de testosterona pra dar vender e emprestar, despirem seus hormonios e se acabarem nos blocos de carnaval, trajados como as boas senhoritas que libertar-se-iam de seus subconcientes.. Pessoas dando ao ar livre no meio da muvuca alheia, ora bolas, é carnaval. Mas tudo bem.

Hoje eu acordei um tanto a mais romântica que o normal. E inspirada por um dos feriados mais românticos que eu ja vi - desde a infância quando Chaves, Chiquinha e cia, escreviam cartões do dia de São Valentim por todo um episódio.. engendrando todo um romantismo pueril que a gente só percebe tempos depois. Então ocorreu-me hoje de escrever um texto romantico, e é isso que eu pretendo, só que romantico ao melhor deste blog que nos abriga, ja que todo e qualquer ser que aqui está, é porque em algum determinado momento da sua vida, descobriu que não presta. :D

Aos que (ainda) não acharam a tampa da sua panela, o chinelo velho pro seu pé cansado, a metade da sua laranja, ou qualquer outro desses ditados sem fundamento - porque em toda a minha vida eu nunca conheci alguem que quisesse ser a metade do que quer que seja, quanto mais de uma laranja.. se fosse ao menos uma laranja toda, eu não dizia nada, mas.. c'est la vie não é mesmo. Não se desespere, nem saia correndo desesperado(a) à pegar o primeiro rabo-de-saia ou par de calças que aparecer. Controle-se, contenha-se. A não ser que seja dia de Santo Antonio, neste caso, desembeste a fazer simpatia, trabalho, promessa, macumba, xangô e é claro, a boa e velha cartomante de propaganda de papel impresso pregado num poste que te traz com a maior das garantias, o homem amado em três dias!

Aos que (já) acharam, faça o favor de cuidar. Mas cuide bem, cuide mesmo. Só Deus sabe como tá difícil arrumar um homem não-cafajeste, ou uma mulher não-piriguete nessa vida. Não coloque nele/nela acessórios bovinos, nem lhe faça promessas que não possa cumprir. E, por via das dúvidas, instale um GPS em cada uma das cuecas dele, de um modo discreto, logicamente. Até porque só estamos preocupados com eles (e com pra onde vão, com quem estão, o que estão fazendo, por que o celular desligado.. Essas coisas). Mas não o/a percam por besteiras nem bobagens. O amor, até onde eu sei, é a maior das besteiras, mas o que seria de nós - rélis mortais, sem vivê-lo, não é mesmo?

E, por último, aos que perderam seu amor. Seja por motivos de força maior, chifres, ou o mais clássico pé-na-bunda. Você ja deve ter ouvido isso, mas, não fique triste. Quero dizer, ah, fique sim se a culpa for sua. Mas se não for, continue a procurar. Posto que tudo na vida passa.. Tempo passa, ferro passa, até uva passa. Quem vive de passado é memória, quem vive de história é museu, e viva. Pois, parafraseando meu amado Luis Fernando Veríssimo, "Embora quem quase morra esteja vivo, quem quase vive já morreu."

beijosnãomeliga :*

vírgula.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Como escrever sobre 2010

Eu poderia escrever sobre a minha desastrosa virada de ano, sobre aquelas mais de 35 pessoas - desconhecidas em sua maioria - entocadas numa sauna coletiva que insistiam em chamar de "casa de praia", ou sobre o garotinho com quatro anos e fala fina que adquiriu não tão ponderada obsessão pelos seios de uma prima minha, ou sobre o fato de eu ter sido confundida com uma "mulher-da-vida", "do-ramo" ou qualquer outro equivalente pra puta enquanto com a rua lotada e eu segurando uma sacola com 30 pães, esperava plantada (e de biquini) na esquina de um supermercado meu namorado chegar, às quase sete da noite do dia 31, ou sobre a chuva - não, melhor - as goteiras que nos davam o frescor da água durante a madrugada, estando fielmente lá, toda noite, em cima de nossas redes e colchões, ou poderia escrever até mesmo sobre a fato de me roubarem as Havaianas velhas, deixando-me os pés nus no caminho da praia pra casa.. Mas eu não vou escrever sobre isso.

Bem, eu poderia escrever sobre a porcaria do resultado do vestibular (obviamente porcaria nenhuma pros meus queridos que passaram, mas.. como eu não passei, foda-se), sobre a frustração de não poder sentar o bumbum numa cadeirinha de universidade, ou sobre o quanto a frase "Vestibular é que nem carnaval, todo ano tem." é irritante para aqueles que não passaram ou ainda mais irritante se o mesmo (que não passou), tenha ouvido isso só sete vezes seguidas, mas não, não vou escrever sobre isso.

Até que eu poderia escrever sobre as piores três semanas de férias que eu ja tive em todos os meus (nem tão) consideráveis 17 aninhos de vida, sobre uma virose, seguida por ataque alérgico à poeira dos cds velhos do meu pai, seguida por uma semi-infecção intestinal, seguida por cólicas menstruais abominavelmente dolorosas dignas dos castigos torturantes da Igreja católica na Idade Média e sua Santa inquisição, poderia dissertar sobre a falta de afeto, sobre saudade, sobre as drogas que eu quase comecei a fazer uso (ok, exagero), sobre o quanto a banda DejaVu me traz um desejo tão puro pelo suicídio ou sobre como burlar os funcionários do cinema e entrar lá, na maior, sem ingresso pra ver um filme que eu já havia visto, só que eu não vou escrever sobre isso.

Mesmo que o ano já tenha começado há pouco mais de um mês, quero sugerir-lhe um novo olhar, um novo meio de encarar os fatos que já são tantos neste (ainda) breve ano de nova década, bem como as situações que corriqueiramente haverão de surgir ao longo dos trezentos e vinte e poucos dias que ainda te sobram neste (já memoravel - pelo menos pra mim) 2010. Posto que, segundo aquele filme, o mundo se acaba em 2012 e, caso isso não aconteça, sempre tem a tsunami de 2013 prevista pelo Nostradamus pra fuder com o babado, então... Só nos sobra torcer (yn) pra que nenhum dos dois aconteça e/ou aproveitar o pouco tempo que sobra.

Em primeiro lugar, tenha coragem. De fazer planos, de desistir deles, de dizer o que pensa (mas por favor, não pense tanta bosta como fez todos esses anos), tenha coragem de defender o que acredita, de ser egoísta (mas não o tempo todo), de crer no que você não consegue ver, seja no amor, na teoria da conspiração, ou no aquecimento global (esse agora resolveram dizer que não dá pra ver, mas vai dizer que não tá um calor do cacete?), pois é.

Em segundo lugar, não ligue. Pra quem não te quer por perto, pra quem te faz mal, pras pessoas que te dão toque à cobrar pra que você retorne a ligação, nem ligue se as pessoas não gostarem de você. Pois há quem goste, há quem te ame, há quem se orgulhe de você - mesmo que seja sua mamãe. Ou não.

E, em terceiro e último, confie. Mas não no governo, nem no carinha que te ofereceu um bagulhinho só, pra alegrar, nem naquela tão fogosa melhor amiga do seu namorado - o primeiro nunca te satisfará, o segundo te dará um boa noite cinderela na próxima, te sequestrará, te estuprará e depois esfaquea-la-á oito vezes no meio do seu bucho recentemente lipoaspirado, ou não, e a terceira? bem, ela é uma provavelmente é uma vaca, mas não aquela vaquinha legal da Colheita Feliz que te traz algum beneficio (ou moedas amarelas pra comprar sementes), ela é do tipo de cruza de vaca com cobra, esperando o melhor momento para o bote, então, cuidado com ela. Confie nos finais de novela, livros e filmes. Confie nas boas coisas. Confie nas suas promessas de começo de ano. Mas antes de qualquer coisa, confie no começar e no recomeçar da vida - e mais que tudo, confie em si proprio e tudo vai acabar dando certo.

beijonãomeliga :*

vírgula -s