segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Carma de Todo Machão


Gay é o melhor estágio que um homem pode chegar: ele parece ter sentimentos, entende de moda, sabe o que é por um sofrer cafajeste e não sofre com a TPM. É claro que isso só se aplica se o cara gay for seu amigo, não seu ex-namorado.

Eu namorava um cara (vamos chamá-lo de Higor, o Machão) e ele até que era um cara legal, mas tinha sérios problemas no seu esfíncter, o que o tornava praticamente incapaz de segurar uma flatulência por mais de 30 segundos. O namorado – Higor, o Podre –, além de ser uma chaminé de enxofre ambulante, gozava de sua virilidade hiper-máscula e significativa e adorava sair procriando por aí, enquanto o cabrito montês aqui ficava em casa planejando o casamento... mentira, eu ficava assistindo a reprise de Os Simpsons, que era bem mais interessante que ouvir os balbucios primitivos daquela anta sobre suas ex-namoradas – atuais dependentes químicas – e como elas ainda o queriam. É, eu sei, por que não chutava de uma vez o ridículo Higor, o Imprestável e dava uns pegas no vizinho lindo de ombros fortes e cérebro maduro? Ah, porque eu caíra numa onda lazarenta de costume e temia pelo futuro de Higor, o Mala que, apesar de todas as idiotices, era um cara legal e me fazia sorrir. Mas, um dia, tomada pela onda de boa sorte que sempre vem no meu caminho, o destino me fez ver bem além das verdades que eu me recusava a enxergar. O sorriso não veio mais. Ao descobrir um dos acessórios bovinos que ele gentilmente me dera de presente – o primeiro de todos que ele havia me colocado e que eu só viria a descobrir após o término do namoro – aproveitei a essência micareteira que se apossou de mim durante a véspera do carnaval fora de época da minha cidade, acabei com o parlapatão e, ainda por cima, peguei o melhor amigo dele.

Eu nunca vi um machão, tão macho como ele dizia ser, pegador e tudo mais, tomar todas, se arrepender dos pecados e vir correndo feito um cachorrinho atrás de uma mulher. É, e ainda vi o supermachão virar um salgueiro chorão, de tão ébrio e “arrependido” que estava. Aquela micareta foi o fim do meu sossego por um longo, longo tempo. Depois de muitas frases revoltadas em nicks de msn, status de orkut e twitter, que serviam também de indireta para mim, eu vi a frase: “vou tomar todas, farrear, me divertir” e “enfim solteiro”. Nossa, eu nunca que iria saber que uma pessoa que se sentia aliviada por ficar solteira fosse correr atrás de alguém do jeito que ele correu atrás de mim. Porém, tamanha foi a minha surpresa quando eu vi um e-mail que me mandaram. Ele não se sentia aliviado por estar solteiro por causa de mim, mas sim por causa de um caso que ele teve durante aquela micareta. Tudo bem, eu poderia estar me sentindo um lixo, e eu me senti, mas quando vi aquele e-mail, percebi que aquele ser tão “machão” ficava com todas, inclusive comigo, para disfarçar sua verdadeira opção sexual. É, isso mesmo. Eu fiz alguém descobrir seu verdadeiro eu interior e eu sei que ele vai ser grato a mim algum dia... de quebra ainda entendi o problema no esfíncter.

Moral da história: essa história não tem moral. As únicas conclusões que podemos chegar é que 1) homem que chora não presta; 2) homem que tem subnick do tipo “hoje eu quero curtir, farrear, beber” cedo ou tarde se descobrirá gay demais da conta. Por quê? Ah... porque, vamos supor (supor? Hum, sei), ele, que já estava com sua sexualidade posta à prova vai encher tanto a cara que vai topar participar de uma orgia com três caras – um deles chamado João Eduardo que vai ser bofe do seu ex-bofe antes hétero, agora gay – e uma única garota – provavelmente a única pessoa sóbria presente (e que vai filmar tudo e depois jogar na internet só de pirraça), que não vai ser lembrada por nenhuma das barbies loucas sodomitas.

C’est la vie :*

|ponto| u

domingo, 6 de setembro de 2009

O domingo, o sítio e o inferno da pedra


Não há nada melhor que o domingo de manhã, preguiçoso de cobertores acolhedores, onde o plano é dormir até as quatro da tarde – principalmente depois de ter ido dormir quase no fim da madrugada por motivos de força maior, como por exemplo, uma micareta bombando no centro da cidade, com o som bombando ainda mais, fazendo parecer que a tal micareta era dentro do meu quarto. Mas tudo bem, ao menos a banda era boa. Voltemos ao tal domingo de manhã – preguiçoso, com você no melhor dos seus sonhos, na hora daquele melhor cochilo mor, ai ai... Sua mãe abre a porta num estrondo imenso e grita: “Acorda, deixe pra dormir quando estiver na cadeia! Nós vamos para o sítio!” e lá se vai meu domingo.


Já são quase 17 anos falando, mas, ou minha mãe é surda, ou ela simplesmente é masoquista, ou adora me ignorar, ou é disléxica mesmo: Eu ODEIO sítios, fazendas, ranchos, ou qualquer coisa do tipo que me lembre mato! Pedaços de terra desprevenidos de civilização eletrônica básica tipo um sinal de celular, tendem a ser, pra mim, um estágio do inferno, no mínimo.


Era o aniversário de uma amiga, filha da madrinha da minha tia que fez redução de estômago, ta grávida e vai se casar no fim do mês. E todo mundo sabe que nesses tipos de “confraternizações” sempre tem cada uma...


Tem sempre um carro de som, com a mala aberta em direção à casa, rolando de Fagner e Amado Batista ao forró tecno-brega do Deja-vú, sem falar no pagode.


Tem sempre um churrasqueiro cachaceiro que ou é míope, ou tava bêbado demais, ou queria mesmo que todos os presentes convidados pegassem algum tipo de doença infecciosa de origem bovina, somente por respirar perto de sua picanha (TÃO) mal-passada que você ainda conseguia sentir a dor do pobre animalzinho à medida que mordia um pedaço e sentia o sangue dele escorrer através da sua garganta.


Tem sempre aquele cara que, depois de ter o rabo imerso em cana, começa a contar aquelas piadinhas desgraçadas num volume maior que o do som. Vamos chamá-lo de Aléx (o chamaremos assim porque esse é mesmo o nome dele), ao som de Espumas ao vento numa versão de forró pé-de-serra, urrava piadas sobre o pau de num sei quem, discursando em cima de um tamborete. Aléx – o marido da irmã da amiga da minha mãe, filha da madrinha da minha tia que fez redução de estômago, ta grávida e vai se casar no fim do mês – após umas 300 latinhas de cerveja, 1200 piadas desprovidas de humor, desabou num sofá recostado à parede e apagou, deixando o ambiente menos pornográfico e barulhento.


Tem sempre aquele povo que fica na cozinha o tempo todo, pigorando todos e cada um dos pratos que passam na frente, pra tirar a barriga da miséria. Fazendo parecer que não comem há três dias e três noites.


Ah, tem sempre aquele grupinho de jovens com idade entre 17 e 20 anos, filhos dos convidados e convidados da filha da aniversariante, aquele velho grupinho que reflete a juventude de uma sociedade interiorana: As garotas com roupas e óculos praticamente iguais, que só mudava na cor e na marca de uma pra outra, com seus copos de bebida alcoólica na mão, com seu ForróVaquejada&Cabaré lifestyle, comentando os babados e fuxicos da micareta do dia anterior e combinando quantos bofes iam pegar na de hoje, resumindo, a degradação psico-intelectual da raça humano-seridoense.


Se bem que tem sempre um lado bom em tudo, como todo aniversário que se preze, tem sempre um bolo enorme, suntuoso e delicioso em creme, chantily e chocolate para te engordar 4 quilos só de você olhar pra ele... Afinal, eu podia estar matando, roubando ou me prostituindo neste domingo ensolarado, mas não estou. Uma vez que sempre tem algo pior pra acontecer, como por exemplo, ser acordada antes das dez da manhã pra ir pagar de otária num aniversário lá no inferno da pedra, onde você não conhece ninguém!


beijosnãomeliga :*


{vírgula} n

sábado, 5 de setembro de 2009

Solilóquio de um amor bêbado.


O que é o amor?


Meu dicionário diz que é “bem querer; afeição; afeto extremo; paixão”, mas eu não acho que seja isso, aliás, não acho que seja só isso... Como diria a (nem tão) velha e (nem tão) boa Ana Carolina (a bi), o amor é mais que isso. E há quem concorde muito bem comigo.


Eu acho que o amor e o álcool têm muito mais em comum do que muitos de nós, meros mortais, pensamos. Uma vez que amar é mais que mais ou menos como ficar bêbado(a), não que eu já tenha realmente sentido o que é o amor ou ficado realmente bêbada, mas sempre observei que apaixonados e embriagados tem exatamente os mesmos sintomas.


Tendem a rir ou chorar por coisa alguma, esquecem que o resto do mundo existe, sentem-se corajosos e idiotas ao mesmo tempo, fazem coisas das quais nem naquelas horas de cólera ou carência extrema se atreveriam a fazer em seu estado normal. Eles, os bebuns e manicacas, passam a falar besteiras e devaneios que só mesmo os da mesma raça conseguem entender, um novo tipo de dialeto particular que não tem quem agüente.


Mas nenhuma destas semelhanças é maior do que o fato que todos dois dão uma PUTA dor de cabeça quando passam, e sempre sobra pros amigos,seja pra passar a mão nas costas enquanto eles vomitam ou emprestar o ombro e a orelha pra afogarem as mágoas e lágrimas. E só há uma diferença, e a mais verdadeira de todas: A bebida destrói seu fígado, já o amor, seu coração.


Mas a gente supera, e por via das dúvidas, pare de se desesperar pela sua metade da laranja, procure a metade do limão... Adicione gelo, açúcar, pinga e SEJA FELIZ!


beijonãomeliga :*


{vírgula}



quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A macacada reunida.




Imagine-se você, em uma quarta-feira de manhã, acordar às 6:00 para ir ao colégio, onde o primeiro horário é matemática. O professor te dá três assuntos novos, aqueles que têm mais números que a lista telefônica. Quem dera o problema fosse esse... Irei te falar agora qual é.

Já foi à um zoológico? Já? Viu os babuínos? Macacos prego? Gorilas? ...Nunca foi? Quer saber como é? Basta ir na minha sala de aula no colégio. O comportamento de algumas pessoas são quase iguais (quase porque eu acho que macacos se comportam melhor).

Bom, uma boa parte da minha turma deveria ser mandada de volta para ao maternal, não percebem que estão no ensino médio, e que os assuntos são mais complicados. Tudo na minha sala é motivo para confusão ou algazarra. Por exemplo, o professor de matemática pergunta: ”estão vendo três triângulos nesse desenho? Todos respondem: “sim”. Mas tem que ter um engraçadinho na turma que grita: ”eu to vendo cinco”, ai um babão do engraçadinho grita: “eu to vendo seis”. Outro engraçadinho grita: ”eu to vendo é sua mãe, Osvaldo (nome fictício), ai o insultado grita:”você o que?”... E começa mais uma confusão, até o professor começar a gritar e ameaçar baixar a nota de todos. Bom, essas brincadeiras chamando a mãe de todos os nomes possíveis é a mais utilizada. Agora, eles voltaram a 5ª série, e ficam jogando bolinhas de papel uns nos outros, No início do ano, eles estavam abaixando as calças dos “amigos” ou, por si próprios, mostravam a bunda. Foi preciso a diretora vir e brigar com eles. Sem contar nas horas do recreio, que, enquanto boas pessoas tentavam ler dentro da sala de aula, uns imbecis chegavam, iam para trás da sala, enquanto um apagava a luz, outros ficavam batendo as carteiras no chão e gritando. AH, na minha sala também tem “aquele” complexado, por exemplo, jogam uma bolinha de papel na professora de português, ela olha para sala e diz: “quem jogou a bolinha?” ai um idiota grita: ”Oxe, por que você ta olhando pra mim?” . Ai ela responde gentilmente: “Estou olhando para frente”, e ele responde gritando mais ainda: ”Não! Você estava olhando pra mim, o que você tem contra eu? Não foi eu não minha amiga!”. PUTS, VAI SER COMPLEXADO ASSIM NO INFERNO, SE JOGUE NO GANJES, CRIATURA.

Mas o que irrita mais, é que essas confusões tem um núcleo, uma pessoa que não cabe a mim falar o nome. Ele começa quase todas as brigas, confusões e conversas paralelas. Ele puxa cinco ou seis pessoas para conversar com ele, o professor briga, quase humilha. Todos baixam a cabeça e ficam calados, mas só basta o professor virar para o quadro, e começar tudo novamente, só que agora em um tom mais alto ainda. Ou seja, não estuda, e quer que ninguém estude também. E quando é expulso de sala (e quando é, porque ele sempre consegue colocar a culpa em outra pessoa), sai rindo, como se tivesse orgulho, e na hora da prova, fica falando direto, dizendo: ”Você não explicou isso”, ou então, fica implorando, quase chorando para pegar cola de quem estudou, e ainda tem uns imbecis que dão a cola.

Então, eu espero que um dia, quando eu tiver terminado meu curso superior, tiver em um ótimo emprego, ganhando super bem... você esteja em algum emprego que só precise de um ensino médio, ou em um posto de gasolina, trabalhando de frentista, ou quem sabe em uma lan house, ou se tiver sorte, na empresa “muquefa” de seu pai, eu passe e te dê uma esmola, ou se eu tiver de bom humor, te contrate para ser meu subordinado.