quarta-feira, 31 de março de 2010

Quem quer ser um salafrário {risca} milhonário.

Antigamente, mediam-se as pessoas por seus valores, pela bravura de seus atos ou pelo tamanho do seu coração. Hoje? Medem-se as pessoas por seus pertences, é considerado bravura atirar em alguém e, caso você tenha um grande coração, a única coisa que as pessoas vão ver nele, na mais provável das hipóteses, vai ser uma coisinha denominada "Doença de Chagas". Hoje é apenas mais um dia banal.

É simples, tá na cara: Vivemos numa sociedade banalizada, uma tirania imoral e amoral - dissimulando e persuadindo suas mentiras sinceras que só a si interessam, para tranquilizar seus alter egos de que estavam certos, de que a culpa foi deles (não sua) e de que mostrar a "sua verdade" é o que conta. E deste modo dão 1 milhão e meio de reais para alguém obviamente não homofóbico e sem preconceito algum, mas se sente enojado e joga comida fora ao citarem boates gays enquanto ele faz sua refeição, como também não gostaria de ser chamado de "gay", do mesmo modo que não gostaria de ser chamado de "ladrão" ou "neo-nazista" - até porque tais definições têm o mesmo nível de gravidade de insulto, [ironia] mas não, ele NÃO é homofóbico, assim como sua torcida insana [/ironia] que o deu seu suado prêmio alegando que ele era realmente verdadeiro e que era quem mais precisava do dinheiro. ALÔ?! Se fosse por questão de realmente "precisar" de dinheiro, os produtores não procurariam participantes em baladas ou coisas do tipo, e sim numa favela ou debaixo da ponte. É isso, é banal...

Sentimentos se tornaram banais e o "eu te amo" é o novo "oi". Pessoas se tornaram banais, pelo menos as que não têm twitter ou um perfil no orkut. Valores se tornaram banais e mais Marcelos Dourados continuarão a ganhar milhões de reais por vontade da ignorância alheia, mais Alexandres Nardoni continuarão jogando Isabellas janela abaixo, mais arrudas continuarão enfiando notas e mais notas em suas meias por aí e mais de vocês vão continuar aí, sentados em frente ao computador há horas, sem nada muito melhor a fazer, descobrindo que não prestam, ou depois de lerem este singelo post voltarão a pensar no copo meio cheio outra vez, seja ele de suco de laranja ou de tequila, e poderão fazer da próxima vez alguma diferença, tornando menos banal o que quer que seja: sua vida, a perspectiva de uma ou qualquer outra coisa.

Por ora, só te desejo um bom dia. (:
beijonãomeliga:*

vírgula

quarta-feira, 24 de março de 2010

A macacada reunida (2)


Welcome to “Planeta dos macacos”... Não, não é aquele filme da tela quente, e sim a minha turma da escola (outra vez. E peço desculpas ao diretor, que eu não sei escrever o nome, por ofender seu filme dessa forma).

Vamos lá... Primatas... Primatas... Eles conseguem raciocinar sozinhos, então, como eu posso classificar pessoas do 2º ano a do ensino médio (no meu tempo ensino médio era tratado como ano, e ensino fundamental como série, então, irei escrever como sou acostumado), que pedem para a professora ler e explicar a questão da prova que até uma criança da 3ª séria saberia responder. Por exemplo:

Texto: “Amor, o melhor sentimento do mundo”
Questão 1: Do que fala o texto acima?
Aluno do 2º ano: Professora, explica ai a questão um, não entendi. ¬¬

Calma, isso é só um exemplo, o pessoal da sala ainda não chegou a um nível tão alto de raciocínio, na realidade, as coisas lá são bem piores que essa, como uma aluna que perguntou ao professor de biologia:- O que é Homo sapiens? (5ª série, onde está você?)

Eu só queria saber quem foi o homem que generalizou os humanos como “seres racionais”. Se ele fosse vivo, eu faria questão de pagar a passagem dele, de qualquer buraco dessa terra que ele estivesse enfiado, para fazer uma visitinha a minha sala de aula. Com certeza ele mudaria esse conceito para “seres humanos, tão racionais quanto um rato com leptospirose” após assistir uma aula de português, onde as notas da maioria dos alunos oscilaram entre 1,0 e 2,5 (valendo 10,0) e todos ficaram rindo, conversando, e fazendo algazarra, como se nada tivesse acontecido, depois da professora ter feito um MEGA SERMÃO (que se eles fossem seres pensantes, ouviriam e se tocariam, após uma quase humilhação BEM MERECIDA) e de ela ter começado um assunto novo e difícil, atrapalhando aqueles que não querem ser reprovados por não ter pais que sustentem suas dependências, ou que passem a mão na cabeça do seu filho “inocente”, pondo total culpa nos professores, por SEU filho ser IRRACIONAL!

Ou após uma aula de inglês, onde a gente ouve mais os gritos dos alunos chamando a professora de gostosa e gata (por mais que saibamos que seja brincadeira) atrapalhando-a de ensinar, e os poucos alunos que querem aprender.

Vocês acham que pessoas no segundo ano, são racionais ao pedirem para a professora ensinar “verbo to be”? Coisa que a gente aprende na 3ª série? Acho que isso já não seria Irracional, Perdão, mas é burrice mesmo...

Se eu fosse falar todas as aulas que os nossos “demoniozinhos” transformam em caos, não pararia por aqui (não mesmo) Ok, Ok ... não vou por a culpa só nos meninos, seria injustiça, e não é isso que eu queria passar. Também tem um ser do sexo feminino, que entre eles, se faz igual ou pior, Rindo estridentemente, conversando sem parar com os citados lá em cima, e depois tentando pagar uma de boa moça, por gostar de status, e querer bancar a inteligente após saber que isso faria você ser, digamos, “superior” aos outros (por exemplo, sendo monitora de português, coisa que ela não conseguiu por pouco).

Na verdade, eu nem tento tanto ódio assim, tenho raiva, mas ódio não, ele não é um sentimento auspicioso. Eu tenho pena também, pena de mais até, por eles terem a mente tão pequena e fechada... por eles não pensarem alto, não sonharem com um futuro grande. Pena de saber que provavelmente eles não irão crescer na vida, e pena de saber que entre eles existem pessoas inteligentes, que se estudassem, teriam um futuro enorme na frente. Pena dos pais que estão pagando o colégio caro, pensando que o seu filho está aprendendo algo para ser alguém na vida, e na verdade, estão caminhando para o fundo do poço, para algum concurso publico de ASG ou frentista (não que eu esteja desvalorizando os empregos, longe de mim).

Desculpem-me por ter ofendido tanto as pessoas, não me sinto bem por fazer isso (mentira, nunca me senti tão bem), mas é a verdade, infelizmente, é a pura verdade!

domingo, 7 de março de 2010

vou logo avisando, o texto não tem graça


Na verdade, não acredito que este texto possa conter sequer uma frase que te fará rir, então se essa for sua real intensão para com o resto que há de seguir, sugiro que pare neste primeiro parágrafo.

No ápice de um dia tristonho, são onze da noite deste primeiro sábado de março e as duas unicas coisas que eu ouço agora são: o barulho do ventilador quebrado em cima da cadeira e a música se fossa no aleatório do Media Player . Logo, declaro isso oficialmente um longo e deprimente início de madrugada, sobre o qual eu preciso escrever.

Às vezes as coisas se tornam confusas, não é? De uma hora pra outra, num estalar de dedos você tem que tomar todas as decisões da sua vida de uma só vez, e essa nem é a pior parte da história. Que curso universitário escolher? Que carreira seguir? Ir embora ou ficar? Continuar ou desistir? São tantas respostas que parecem te nocautear com uma urgencia extressante e se você não for firme, se a base não estiver em plenas condições de sustentar tudo, é provavel que todo o prédio vá à ruina plena. E você não tem a quem recorrer, a não ser ao clichê habitual, de estar em meio a tantos e ainda assim estar só, e sem chão. E todas as certezas plenas e inabaláveis, convicções incontestáveis, começam a não fazer mais nenhum sentido, daí a única coisa que você consegue querer de verdade é dormir, pra que, quando acordar, tudo já esteja resolvido e você não precise simplesmente sorrir por conveniência, e sim por sorrir simplesmente, por querer sorrir seja lá qual for o motivo.

Engraçado, é que tem uma hora que no meio de tantas dúvidas você se pergunta como diabos as pessoas conseguem conviver com tudo isso dentro de si mesmas, sem, é claro, querer sumir do mundo, ou fazer todo o resto do mundo sumir... Não é verdade? Obviamente. Só que isto não te tornará menos triste, desnorteado, nem tampouco com menos medo, só te deixará menos sozinho, e isso, oh céus, já é um passo tão grande e significativo que se repente você volta a conseguir (ou lembrar de) respirar outra vez, e a lembrar das pequenas coisas, e de como e do quanto elas são ao mesmo tempo, puramente indidpensáveis e usualmente descartáveis do olhar rotineiro e entediante de todo santo dia. As cores do céu ao amanhecer, o barulho da chuva, caindo gota por gota, uma de cada vez ou todas de uma vez só... E tu começa a esquecer por uns segundos das questões sem respostas, das decisões sem certezas, dos fracassos declarados, das vitórias derrotadas, simplesmente pra ver o sol nascer esta manhã, lá no horizonte, aqui perto de você. E enquanto voê vê o maior dos espetáculos, num estalar de dedos e sem culpa alguma... Se permite voltar, e sonhar outra vez.

beijo, e, se precisar, pode ligar :*
vírgula

quinta-feira, 4 de março de 2010

Sarcasmo

OBS: [ironia] Este texto não possui nenhum tipo de ironia [/ironia].
OBS²: Qualquer possivel apologia à violência, neo-nazismo ou atentados sodomitas, são meras evasões de revoltas reprimidas, certo?

É claro que todos nós amamos com todo o fervor da nossa existência terrena quando pessoas que nem sequer sabem seu nome do meio começam a discutir, debater, dissertar e indagar sobre a nossa vida, escolhas, atitudes, agregados e afins. É óbvio que praticamente adoramos todos aqueles que tomam decisões sem nos comunicar, aqueles que inventam boatos sobre nós ou pessoas próximas e aqueles que nos põem generosos pares de chifres, bem como os que são crápulas, hipócritas, infames, ou tudo isso ao mesmo tempo. E logicamente, temos uma afeição eterna pelas pessoas que mentem, traem, ignoram, excluem, repudiam e esculhambam a ou pra nós, não é verdade?

Sarcasmo. Uma manifestação intencional, malévola, irônica ou maliciosa, por meio do riso, de palavras, atitudes ou gestos, com que se procura levar ao ridículo ou expor ao desdém ou menosprezo uma pessoa, instituição, coisa, etc., e até os sentimentos...

A mais bela forma de (não) dizer o que você realmente quer falar, sem ser culpado. Mas não é um dom digno de qualquer um, é preciso muito óleo de peroba na cara e, antes do que quer que seja, é preciso ser mordaz de um pensamento fugaz e hiperativo.

Ironizar é a habitual forma de fazer as pessoas de idiota disfarçadamente, mas lembre-se que há sempre um problema. É que, quando as pessoas não entendem, quem fica parecendo um idiota é você.

beijonãomeliga :*