quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dentro do pacote


Eu li Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse, Amanhecer - e me encantei por um romance clássico, ponto. Não haviam filmes com efeitos especiais chamativos, propagandas cansativas em meios de comunicação em massa, nem matérias com páginas e mais páginas em revistas de circulação nacional ou atores e atrizes Hollywoodianos envolvidos. Era apenas eu com dezesseis anos e um livro interessante nas mãos. E depois eram bilhões de posers pelo mundo debatendo sobre um best seller que virou filme, e mais bilhões falando como uma escritorazinha de merda tinha fudido legal com as lendas e misticismos em torno dos vampiros, e mais mídia barata atrás de audiência, e mais uma modinha surge. Agora era apenas uma seguidora de modinha qualquer com aquele livro sobre vampiros de araque pra pre-adolescentezinhas retardadas que todo mundo tá lendo. Rótulos, rótulos, rótulos.

Tantos preconceitos e mal-caratismos {nem sei se essa palavra existe} de tantos tamanhos e gêneros diferentes que eu não consigo escolher por qual começar. O que você veste, de quê você gosta, a quem você ama - O engraçado não é como no fim das contas tudo acaba por se tornar só uma questão de opinião, engraçado é como tudo é só uma questão de opinião dos outros, não sua. Me dá uma vontade tão infeliz de mandar o mundo ir dar o olho do.. (e não no bom sentido - se é que tem bom sentido) que eu acabei aqui, escrevendo esse texto, me perguntando que porra o resto mundo tem a ver com as minhas escolhas, crenças e etc, o que me deixa com ainda mais vontade de ligar o Foda-se.

Não é da sua conta. Ninguém quer saber sua opinião sobre eu ter gostado de ler crepúsculo, ou dela não se envergonhar de ter um namorado de classe social mais baixa, ou daquela alí ter tido pôsteres de Rebelde, ou sobre fulaninho ser gay, ou sobre sicrano que deixou a mulher! Isso não vai influenciar em nada na sua vida, não vai fazer você passar no concurso do Banco do Brasil, no vestibular, nem muito menos te deixar interessante. Preconceito não tem graça, você ainda é feio e não tem dinheiro suficiente pra fazer alguém se apaixonar por você, pessoa nefasta.

Não são os livros que você lê ou os filmes baseados neles, nem as músicas que você houve, nem com quem você anda que te dirá quem você é! Mal amados, mal comidos ou mal rotulados, basta lembrar ou aprender só uma coisa: A embalagem não diz tudo, o rótulo está do lado de fora, isso que está dentro do pacote é que prova se vale ou não a pena... Acho que dessa vez não é preciso terminar minha revolta com uma frase de efeito, ou seja.

beijonãomeliga ;*

@luiza__

10 comentários:

  1. B"H

    Infelizmente, além da modinha de gostar de um livro/filme/seriado ou seja lá o que mais, existe a modinha (na minha opinião muito pior) de falar mal do que não se conhece (ou se conhece superficialmente) para que os outros te achem o cara/garota cool que é tão culto ou descolado (ou seja lá o que mais) que se sente na obrigação de odiar alguma coisa. Bando de babacas que não tem um mínimo de senso estético ou estilístico mas que se acham no direito de dar opinião definitiva sobre alguma coisa. Além dos imbecis que acham que literatura é uma área onde qualquer um pode meter o bedelho. Tem que se estudar MUITO para ter culhão e dizer que um livro é literariamente inconsistente ou ruim/péssimo. Nós professores de língua e literatura passamos a vida toda tentando estudar as milhões de facetas e de teorias que definem o que é literatura pra no final das contas ver um bando de babacas tirar onda de intelectuais. A massa amorfa sequer sabe que os maiores escritores do mundo são aqueles que conseguiram romper paradigmas e criaram algo vivo e novo a partir de algo já posto.
    Dá nojo ouvir/ler certos espertalhões que pagam de sofisticados.
    Povinho de merda que não tem capacidade de pensar nem coragem de admitir que gostam de alguma coisa.
    Adorei o seu post Luiza! Parabéns!

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  2. Rótulos --'
    eles limitam mta coisa. Mta gente que eu conheço não lÊ Crepúsculo pelo rótulo :/
    não sabem o que estão perdendo.
    amei o texto :}
    beijos :*

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  3. Acho que temos que ficar acima de rótulos, certo?
    virou modinha? paciência né.
    Quanto crepúsculo, só conheço o filme e não acho interessante, como nunca li o livro, não posso opinar.
    Beijos Lu!

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  4. Ótimooo texto, Lu! Assino em baixo!
    " Preconceito não tem graça, você ainda é feio e não tem dinheiro suficiente pra fazer alguém se apaixonar por você, pessoa nefasta." Eu ri. Muito.

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  5. Oiie nossa amei o seu blog e já estou seguindo e já que voocs são desocupados msm [/brincs*
    eu peço que vooocs seguissem o meu é:
    http://apenasumagaroota.blogspot.com/
    e talvez a gente montar uma parceria !
    Beijão gostei mto do blog ^^

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  6. rótulos. bah!


    achei o post muito digno, viu?

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  7. E essa mania de falar tudo que eu gostaria exatamente do mesmo jeito, heim Luiza?

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  8. Oi.Do nada acabei de encontrar esse blog pesquisando uma imagem no google.
    Li os textos. Gostei deste. Já vi muitos vídeos e posts que debatem {falam mal} sobre crepusculo, restart, justin bieber... enfim coisas que comentamos sobre a tal da "modinha". Já tá um saco ficar falando sobre. Mas, ah... Em um dos vídeos que vi o cara disse: "agora virou modinha falar mal de modinha". O que as pessoas {Nós. Todos.} querem fazer afinal? Ou sei lá... o que nós queremos com isso? Será que seria, talvez, uma disputa de quem é mais legalzão? Gosto DO QUE CONHEÇO. Não gosto do QUE CONHEÇO. Mudo de opnião e não vejo problema nisso... Ah... deixa.. não sei expressar direito o que penso as vezes. Só acho que sendo moda ou não devemos tentar ser mais honestos com nós mesmos. E não esquentar a cabeça muito com isso apesar de ser sério.

    Vida que segue!

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  9. Oi...gostei bastante do texto(apesar da forma supermarcante com que a Luiza o escreveu...:D). trata dos conflitos realmente existentes entre a nossa juventude....o gostar de algo ou não gostar, só porque é modinha ou deixou de ser... para este universo particular e isolado o qual é habitado por esses seres que nao sabemos bem o que são(os adolescentes), isso se torna muito confuso e frustrante, fazendo com que alguns não saibam nem quem são, e busquem encontrar sua "personalidade", ou o que acham que o seja, no que está na moda, e nao no que realmente pensam....portanto, façamos o que compreendemos por correto, e vamos dizer o que realmente sentimos e pensamos, e nao o que a nossa tão influente mídia propaga... pense.....!então...é isso... :)

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